A pobreza, enquanto “fenómeno resultante da escassez de recursos para fazer face às necessidades básicas e padrão de vida da sociedade actual, manifesta-se em Portugal como um fenómeno que tem origem no desenvolvimento do país e na adaptação ao rápido processo de modernização registado nas últimas décadas” (PNAI 2006 – 2008). De acordo com os dados do INE, em 2004, cerca de 21% da população portuguesa vivia abaixo do limiar de pobreza; 12,4% da população activa ganhava o salário mínimo nacional; 7,2% da população activa estava desempregada; e 147332 de pessoas recebem o RSI.
“O risco de pobreza varia entre sexos. A maior incidência
de baixos rendimentos nas mulheres conduz, em Portugal, à semelhança da generalidade dos países, ao fenómeno de feminização da pobreza. Em 2004, 22% das mulheres estavam em situação de pobreza, contra 20% dos homens, sendo as mulheres a apresentar sistematicamente um risco de pobreza mais elevado desde 1995” (PNAI).
A população portuguesa é maioritariamente envelhecida, e pressupostamente detentora de reformas ou pensões sociais que “sejam” uma percentagem significativa do PIB. O problema é que cada vez mais esse nível de idosos aumenta e a taxa de natalidade diminui, levando a que, daqui a alguns anos não haverá dinheiro suficiente para ajudar a todos. Por outro lado, crescem as desigualdades entre pobres e ricos.
A pobreza tem vindo a ocupar um lugar de destaque nas agendas políticas do nosso país, pelo que têm vindo a ser criados novos programas de ajuda a esses indivíduos, isto de forma a auxiliar os grupos sociais mais afectados e numa emergente situação de exclusão social. Dos quais se frisam os desempregados de longa duração, os imigrantes, as famílias numerosas e/ou com poucos recursos, jovens em risco, pessoas apanhadas pelas teias da pequena criminalidade.