processo complexo resultante da interacção entre factores biológicos, psicológicos, e sociais. Poder-se-ão assim sendo distinguir três categorias de envelhecimento: envelhecimento biológico, diz respeito aos tecidos que vão perdendo alguma flexibilidade e aos órgãos e sistemas que reduzem a qualidade e velocidade das suas funções; envelhecimento psíquico, por um lado a memória imediata vai diminuindo, mas por outro, a memória remota é exemplar, sendo os idosos frequentemente associados ao que vulgarmente se chama a memória de um povo; e o envelhecimento social, relativo aos papeis sociais apropriados às expectativas da sociedade para este nível etário. (Pimentel, Luísa (2001) O lugar do idoso na família, Coimbra: Quarteto). A mesma autora, na mesma ordem de ideias, considera haver cinco tipos de idades: a cronológica, que se refere ao tempo que decorre entre o nascimento e o tempo presente, e que dá indicações sobre o período histórico que o individuo viveu, sem no entanto fornecer indicações sobre o estado de evolução do mesmo; a idade jurídica que corresponde á necessidade social de estabelecer normas de conduta e de determinar qual a idade em que o sujeito assume certos direitos e deveres perante a sociedade; a idade física e biológica, que tem em conta o ritmo individual de envelhecimento. Quando se atribui uma doença ou deficiência à idade há que fazer como prudência, pois, muitas vezes, os problemas têm origem no ambiente e nas condições sociais, económicas e culturais; a idade psico-afectiva reflecte a personalidade e as impressões de uma pessoa e que tem á partida, limites em função da idade cronológica.
As alterações causadas pelo envelhecimento desenvolvem-se a ritmos diferentes de pessoa para pessoa, podendo iniciar-se prematuramente e conduzir rapidamente à senilidade precoce, ou então produzir-se de uma forma lenta e levar a uma vida saudável por muito mais tempo. Estas diferenças estão ligadas a factores externos como por exemplo: raça, estilo de vida, informação genética, estado de saúde, entre outros.
O valor que se atribui ao idoso depende de cada sociedade, e a importância que se dá à velhice. Assim sendo, as culturas orientais vêm o idoso como uma pessoa de respeito, representando fonte de experiência e de saber. Ao contrário nas culturas ocidentais o idoso é visto como um “velho inútil” e lento na execução de tarefas. O processo de envelhecimento é responsável pelo actual problema da Segurança social. Existe uma desproporção entre população activa e população não activa. Cada vez menos pessoas a descontar tendo em conta que os jovens entram cada vez mais tarde para o mercado de trabalho e por outro lado, cada vez mais pessoa a receber não esquecendo que há um aumento extraordinário de idosos. Este facto pode dever-se “A uma guerra de gerações onde os jovens se revoltarão pela perda progressiva de importância na sociedade, os adultos não admitiram mais aumento de impostos e os idosos não quererão perder os direitos e regalias que entretanto adquiriram”. (Nazareth J. M., O envelhecimento demográfico da população portuguesa no início dosanos noventa, Coimbra (1999). pg.17).
Tudo isto vai causar uma enorme pressão nos serviços sociais e de saúde para responder de uma forma eficaz às necessidades desta população. Os idosos constituem, na sua grande maioria, um grupo desfavorecido na sociedade. Estes, com o avançar da idade, são confrontados com vários problemas de saúde que podem levar à total dependência. No entanto, os problemas podem também ser de ordem socialtrazendo problemas de saúde. Tais como: perda de contacto com familiares, problemas económicos e de habitação, entre outros. Estes problemas, tal como já referido, levam em muitos casos a problemas de saúde como depressões, solidão, entre outros. São estes casos que levam os idosos a recorrerem a instituições sociais para responder aos seus problemas e necessidades. Tais instituições como Lar de Idosos, Centros de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Apoio de Domiciliário Integrado entre muitos outros.